Banco Panamericano é que cobra taxas mais altas
Taxa no banco de Silvo Santos passa de 4%, contra menos de 3% em outros
A taxa média cobrada pelo Banco Panamericano - do empresário e dono da rede de TV SBT, Silvio Santos - no crédito pessoal é de 4,15% ao mês, a mais alta entre as instituições de porte semelhante nesse tipo de operação. A informação consta de reportagem na edição deste sábado (20) do jornal O Estado de S. Paulo, que cita dados do Banco Central.
No banco Votorantim, por exemplo, a taxa mensal cobrada é de 2,19%; no Cruzeiro do Sul, 1,59%; no BMG, 2,20%; e no Daycoval, 1,97%.
A burocracia do banco para fazer o empréstimo é pequena se comparada às das outras instituições, mas isso é compensado com os juros mais altos. O professor José Pereira da Silva, do Centro de Contabilidade, Finanças e Controle da FGV (Fundação Getúlio Vargas), explica que o Panamericano assume um risco maior por trabalhar com um crédito massificado direcionado para quem tem uma renda mais baixa.
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Clientes convivem com desorganização
A história da aposentada Maria Carmem Martins, 56, já acumula prestações atrasadas de outros empréstimos, mas conseguiu ontem um empréstimo na agência do Panamericano na avenida Paulista. Questionada sobre a taxa de juros que será cobrada, Maria Carmem disse que “a atendente esqueceu de falar essa parte”.
Pereira, da FGV, reforça que "as taxas de juros elevadas cobrem o risco do crédito". Ele diz que cada vez mais a concorrência nesse mercado tem ficado acirrada o que, de alguma forma, pode beneficiar o consumidor, desde que ele pesquise as melhores taxas.
Manuel Enriquez Garcia, professor de economia da Universidade de São Paulo (USP), confirma que os bancos comerciais, como o Panamericano, têm uma política diferente das instituições maiores.
- Os grandes bancos adotam regras mais seguras para o empréstimo.
Regulamentação
No Brasil, o Banco Central funciona como o regulador da liberação do crédito. Os principais bancos exigem dos clientes comprovação de renda e endereço e fidelidade ao banco, mas o BC libera as instituições para aplicarem as normas de crédito da forma mais conveniente.
Na avaliação do professor Garcia, da USP, ocorre um "afrouxamento nas regras de empréstimo".
- Às vezes uma pessoa tem o nome sujo na praça e o banco não checa o antecedente dela.
Fonte - R7
Daniel Rodrigues
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